O Professor Durval Libânio Netto Mello, assumiu recentemente a Presidência da Câmara Setorial do Agronégocio Cacau. O mesmo foi eleito por unanimidade entre os membros e irá Presidir sua primeira reunião nos dias 17 e 18 de março, no Auditório da Sede do Ministério da Agricultura em Brasília.
A Câmara Setorial é o orgão responsável pela definição das Políticas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento para a Cacauicultura. O novo Presidente disse que irá assumir a Câmara com o desafio de dar continuidade ao programa de agro-industrialização de pequena escala de Chocolate iniciada na gestão do Empresário Fausto Pinheiro, unir o setor em nível nacional e promover a valorização e o consumo do cacau e do chocolate no país, comentou ainda que pretende posicionar ainda mais o cacau como uma cultura “conservacionista” nos biomas Mata Atlântica e Amazônia, e aumentar a competitividade do setor por meio da formação de arranjos produtivos focados no cacau, chocolate, turismo e conservação dos biomas brasileiros.
Segundo o mesmo, o Sistema tradicional de produção de cacau no Sul da Bahia conhecido como Cacau-Cabruca é um sistema de produção, que consiste no plantio de cacaueiros à sombra de árvores da Mata Atlântica após a mesma ter sido raleada (cabrucada do verbo brocar). Esse sistema está presente em todo o Sul da Bahia e foi a causa recente de toda a dívida do cacau ter sido renegociada pela linha de financiamento FNE “Verde” do Banco do Nordeste do Brasil, que tem o objetivo de financiar empreendimentos com ênfase na conservação ambiental.
De acordo com Libânio, “todo sistema de produção agropecuário elimina quase que por completo a biodiversidade, enquanto o Cacau Cabruca foi o cultivo que menor impacto trouxe ao bioma Mata Atlântica, propiciando uma rica sócio-biodiversidade pouco estudada, pouco compreendida e pouco aproveitada. Mas temos a certeza que iremos mudar está realidade, começamos pelo FNE Verde e não vamos parar, pois precisamos reposicionar o cacau e demonstrar a capacidade que tivemos no Sul da Bahia de conciliar produção e conservação”, concluiu.